sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

IBGE - VAMOS ARREGASSAR AS MANGAS POVO DA CUFA PE!!!!!

Nordeste tem 77% dos municípios abaixo da linha de pobreza
Nova ferramenta do IBGE, em parceria com o Bird, mostra que índice é maior
que o dobro da média nacional


A distribuição da pobreza no Brasil mostra que 77% dos municípios
nordestinos tinham mais da metade de sua população vivendo na pobreza no
início desta década, mais que o dobro da média nacional, de 32,6%.

Os dados fazem da nova ferramenta, em DVD, lançada pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatísca (IBGE), que permite localizar, em nível de
municípios, a incidência de pobreza, a distância média dos pobres em relação
à linha de pobreza (hiato) e a desigualdade entre os pobres (severidade ou
profundidade da pobreza), entre outros indicadores.

O mapa foi produzido pelo IBGE em parceria com o Banco Mundial e a partir
dos dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003 e do Censo 2000.

Selecionando-se a distribuição dos 1.793 municípios das Grandes Regiões do
Brasil onde mais da metade da sua população vive em situação de pobreza, a
conclusão é que a região Nordeste concentra 1.377, representando 77% destes
municípios. Em contrapartida, a região Sul apresentou a menor proporção de
municípios com mais da metade de população pobre: apenas 11 municípios,
representando 0,6% do total do Brasil.

De acordo com o mapa, a região Nordeste se caracteriza "pela maior proporção
de pobres, pela maior distância média dos pobres em relação à linha de
pobreza e onde também a severidade da pobreza era a mais intensa do País”.

Agência Estado

MV BILL APOIA CAMPANHA CONTRA HOMOFOBIA




As pessoas não admitem a homossexualidade, piora ser for preto, aumenta se for pobre, e isola se for da favela. É um preconceito que sofre acréscimo de acordo com a realidade social do indivíduo....
MV Bill, cantor

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

CUFA PERNAMBUCO PRESENTE NO ANO DO TURISMO














O ANO DE 2008 FOI DEDICADO AO TURISMO. PARA COMEMORAR, A PREFEITURA DA CIDADE DO RECIFE JUNTO AO CONSULTOR DO DIREITO AO TURISMO FLÁVIO DOMINGUES, DAYVISON SALES, FELIPE SANTIAGO E IVO FLAVIANO (PRODUTORES DO PROJETO ANO DO TURISMO NO RECIFE) E O SECRETÁRIO DE TURISMO SAMUEL OLIVEIRA PROMOVERAM DURANTE O ANO TODO VÁRIOS EVENTOS CULTURAIS EM DIFERENTES PÓLOS.

AS COMEMORAÇÕES PELO ANO DO TURISMO IRIAM SE ENCERRAR NO MÊS DE SETEMBRO, MAS COMO FOI BEM ACEITO PELA POPULAÇÃO, HOUVE UMA PROLONGAÇÃO.

ONTEM (16 DE DEZEMBRO) FOI O PRÉ-REIVEILLON DO TERREIRO POVO DE OBUNTÉ. OS GRUPOS CULTURAIS QUE SE APRESENTARAM FORAM: AFOXÉ POVO DE OBUNTÉ, AFOXÉ ARAODÉ, ORQUESTRA PERNAMBUCANA DE MARACATU ALÉM DE OUTRAS ATRAÇÕES.





















AS PROGRAMAÇÕES PARA OS ÚLTIMOS DIAS DO ANO DO TURISMO SERÃO:
TODAS AS SEXTAS ACONTECERÃO APRESENTAÇÕES DE FREVO NA PRACINHA DE BOA VIAGEM NO FINALZINHO DA TARDE,

















ESSE É O SOM DO RECIFE NAS TERÇAS NO BAR BURBURINHO A PARTIR DAS 22H, QUE RESGATA A CULTURA HIP HOP E PERNAMBUCANA,


NAS QUARTAS ACONTECEM AS NOITES DO AFOXÉ, NO TERREIRO SÍTIO PAI ADÃO,

QUINTAS ACONTECE O PRACINHA DO FORRÓ, NA PRACINHA DE BOA VIAGEM AO LADO DAS BARRACAS DE COMIDAS, COM BANDAS DE UM VERDADEIRO FORRÓ PÉ DE SERRA

AOS SÁBADOS OCORREM NOS MERCADOS PÚBLICOS, AS APRESENTAÇÕES DOS SAMBAS E MESTRES:
1° SÁBADO: MERCADO DE CASA AMARELA
2°SÁBADO: MERCADO DA ENCRUZILHADA
3°SÁBADO: MERCADO DA BOA VISTA

ESSAS E OUTRAS ATRAÇÕES RETORNARAM EM JANEIRO.


TÚLIO DO GRUPO ARAODÉ FALA O QUE ACHOU DO EVENTO: "ALÉM DE PROMOVER A CULTURA AQUI DO BAIRRO DE ÁGUA FRIA, PORQUE AQUI A GALERA VÊ O TERREIRO APENAS COMO LOCAL PARA A RELIGIÃO CANDOMBLÉ, MAS NÃO É APENAS ISSO TEMOS AQUI UM DIVERSIDADE CULTURAL."




REPORTAGEM: PAULO POPI, NÚCLEO COMUNIDADES REPÓRTER POR UM DIA
FOTOS: TIAGO TÉRCIO, NÚCLEO COMUNIDADES
SUPERVISÃO E CRIAÇÃO DO TEXTO: THIAGO GOUVEIA, COORDENADOR DE COMUNICAÇÃO

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

'Lula não quer ficar de sombra do seu sucessor'

ACHAMOS INTERESSANTE E REPASSAMOS NA INTEGRA DE COMO RECEBEMOS PARA OS LEITORES DA CUFA PE.


Entrevista especial com Gilberto Carvalho

Crise financeira, governo brasileiro, relação com movimentos sociais. Essa foi a pauta da entrevista que o assessor do presidente Lula, Gilberto Carvalho, concedeu, pessoalmente, à IHU On-Line. A entrevista foi feita pelos colegas do CEPAT, parceiro estratégico do IHU. Assim, Carvalho analisou o momento em que a crise econômica chega ao país e diz que ela é perversa porque chega num dos melhores momentos do governo Lula. O assessor também fala sobre a sucessão de Lula e quem pode estar presente nas eleições de 2010. Pela proximidade com o presidente, Carvalho faz aqui uma interessante análise do perfil de Lula hoje e afirma que ele deve “desempenhar um papel no plano internacional” após as próximas eleições.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Há uma avaliação de que a crise mundial impactará fortemente o Brasil. Entretanto, o presidente tem adotado um discurso que procura minimizar os seus efeitos. Lula está subestimando a crise ou “jogando para a platéia”?

Gilberto Carvalho – Nem uma coisa nem outra. Primeiro, eu quero afirmar que essa crise manifesta uma perversidade conosco porque nos pega num dos melhores momentos do governo. Ela chega após muito sacrifício, muitos cuidados e também muita competência – quero reivindicar isso –, que levaram o Brasil a uma situação que sempre desejamos, ou seja, combinar crescimento com distribuição de renda. Os dados todos vinham mostrando isso. Ironicamente, o PIB do último trimestre de quase 7% revela o quanto estávamos próximos de um sonho que sempre desejamos: crescimento acentuado com distribuição de renda. Nesse momento, chega a crise: uma crise exógena. Destaque-se que a rigor a política econômica brasileira não teve nenhuma participação. Fomos surpreendidos por ela. O que o presidente Lula tem feito é, primeiro, acompanhar com lupa diariamente os seus desdobramentos, e sou testemunha disso. Ele analisa diariamente a crise com o Guido [Mantega] e o [Henrique] Meirelles. Mais do que isso: convoca constantemente economistas, os bancos estatais para reuniões freqüentes no gabinete e tem perfeita noção do tamanho da crise. O presidente sabe que ela é irreversível, no sentido de que a interligação da economia mundial fará com que o Brasil participe dela. A fala do presidente tem dois sentidos. Primeiro, distinguir a situação do país. É verdade que o Brasil terá de enfrentar essa crise, terá dificuldades. Haverá problemas, mas a preparação que fizemos na economia vai nos permitir passar pela crise em condições melhores do que outros países que não estavam preparados. Nós temos muito mais reservas, além de bancos estatais sólidos, que, inclusive, vêm nos permitindo tomar uma série de medidas de irrigação, por exemplo, na área do crédito.

Agora, além disso, o presidente sabe muito bem que a economia incorpora um grande aspecto psicológico. Em parte, a reação do Lula é uma reação à maneira como a imprensa e a oposição está abordando a crise. Certo tipo de imprensa e certo tipo de oposição mal disfarçam a torcida para que a crise venha e crie problemas para o governo. Só que não percebem que isso cria problemas para o país. O ar triunfalista com que certos veículos da imprensa anunciam a chegada da crise trai essa atitude. Isso pode espalhar pânico na população e uma paralisia efetiva. Porque se o povo de fato acreditar que virá uma crise inevitável, total, de grande envergadura e parar de comprar, de produzir, de consumir, de viver, aí sim a crise se torna ainda mais forte. Portanto, o esforço do presidente não é um esforço simplista, mas sim de “um cara” que tem o timão da nação na mão e sabe que precisa trabalhar com os fatores psicológicos para que a crise seja a menor possível. Logo, para além das medidas que o governo está tomando, é preciso uma atitude positiva da população, de confiança, de apostar na continuidade do crescimento, e para isso os fatores do consumo, de não se deixar levar pelo pânico, são importantes. O que o Lula procura fazer é animar esse processo econômico para que os efeitos não sejam tão graves quanto poderiam ser.

IHU On-Line – Uma parcela do movimento social critica o governo pela sua agilidade no atendimento às demandas colocadas pelo mundo do capital e a lentidão nas respostas às reivindicações do movimento social. Um dos exemplos sempre citados é o da Reforma Agrária.

Gilberto Carvalho – Eu acolho essa crítica no sentido de que sempre o governo poderia estar fazendo mais na área social. Porém, não se pode vincular uma coisa com a outra – é um simplismo. Significa dizer: “Então eu não vou injetar lá, para injetar aqui, nas demandas dos movimentos sociais”. Eu quero dizer o seguinte: injetar recursos no sistema financeiro, no crédito para as grandes empresas, é a condição sine qua non para o país não paralisar. Nós temos de reconhecer que estamos num país capitalista, de empresas autônomas, de agentes financeiros, e o papel do Estado é o de indutor do processo econômico. Portanto, se o governo dissesse “Eu não vou dar dinheiro para essa gente que sempre teve dinheiro, eu vou dar dinheiro apenas para as demandas dos movimentos sociais, para os pobres”, o que iria acontecer é uma paralisia da economia com brutal desemprego e conseqüências sociais muito piores.

Sinto muito, mas manter a economia funcionando é essencial, inclusive para os trabalhadores. Pergunte para um trabalhador da Volkswagen se ele acha interessante que o governo não dê recursos para a Volks produzir carros. É evidente que ele sabe que o emprego dele é essencial. É lógico que numa revolução socialista você poderia pensar diferente, mas não é disso que se trata. Em relação à Reforma Agrária, de fato eu acho que há uma polêmica grande e eu, particularmente, considero que tivemos dificuldades em fazer um investimento mais efetivo. Não são dificuldades apenas de vontade política. São dificuldades que se interpõem, como o desmonte do Incra, ou o preço da terra que subiu vertiginosamente no país. Há ainda divergências das regiões em que se deve realizar a Reforma Agrária. Então, por um lado, dando razão à crítica de que sempre se poderia ter feito mais, quero considerar, e defender, que não tem como o governo não deixar de realizar essa injeção de recursos na economia.

IHU On-Line – É verdade que a chapa dos sonhos de Lula para 2010 é Dilma Rousseff e Aécio Neves, no PMDB, como vice?

Gilberto Carvalho – Olha, pode ser que esse sonho já tenha havido em algum momento. Acho pouco provável que esse sonho tenha de fato existido. Lula sabe que o governador Aécio dificilmente sairia do PSDB, e, se o Aécio saísse do PSDB e fosse para PMDB, dificilmente seria vice de alguém, mas sim candidato à presidência da República. A chapa dos sonhos do Lula hoje é a Dilma com um vice de algum dos partidos aliados. Eu até diria que preferencialmente com alguém do PMDB, porque o PMDB é hoje o fiel da balança. É o partido sem o qual é muito difícil alguém ganhar a presidência da República. Ressalve-se que o PMDB não é um partido ao modo do PT ou do PCdoB, que tem, por exemplo, uma centralização nacional. O PMDB é muito regionalizado, tem lideranças históricas que foram se constituindo e que nem sempre seguem aquilo que é determinado por sua direção nacional. Isso é um fato evidente. O que o presidente pretende, sonha, primeiro, é a consolidação da candidatura da Dilma, e sabemos que é um processo complexo. A candidatura de Lula foi natural, havia uma clara identificação dele com o movimento social e agora não temos mais isso. O presidente tomou uma iniciativa frente às nossas dificuldades e convidou, a meu juízo acertadamente, uma pessoa que tem todas as condições de ser a presidenta da República. Agora, nós temos que construir essa candidatura e esse é o empenho de Lula.

IHU On-Line – Qual é o projeto de Lula pós-2010?

Gilberto Carvalho – Ele tem falado pouco sobre isso. Além de voltar para São Bernardo e se dedicar um pouco mais à pesca que ele adora, é muito provável que nós constituamos um Instituto civil no qual ele possa ter uma vinculação e organizar a sua agenda de presença na sociedade. E, por tudo o que eu percebo – e faço aqui uma ressalva porque não são palavras dele –, é bastante provável que ele se dedique a tarefas de integração latino-americana e africana. Sobretudo, se fizer o sucessor, o sonho de Lula é se dedicar profundamente a isso, sobretudo à África, ou seja, desempenhar um papel no plano internacional. Considerando-se a credibilidade que ele ganhou e a respeitabilidade que hoje ele tem no mundo, usar isso para resgatar o continente africano e construir essa “bendita” unidade latino-americana que todo mundo sabe que não é fácil é muito importante. Vejo-o muito voltado para essa possibilidade.

IHU On-Line – Ele já manifestou essa vontade?

Gilberto Carvalho – Já, até porque o que ele não quer é ficar de sombra do seu eventual sucessor.

IHU On-Line – A idéia de uma candidatura ao Senado está afastada?

Gilberto Carvalho – Totalmente. Não existe a hipótese de uma candidatura ao Senado, por nenhum Estado.

IHU On-Line – Agora, Lula é um candidato natural em 2014 ou 2015?

Gilberto Carvalho – Olha, tudo o que nós falarmos daqui para frente vai depender fundamentalmente da maneira como o Brasil passará por essa crise. O próprio 2010 está muito vinculado a isso. Se nós passarmos pela crise sofrendo, mas obtendo um crescimento, mesmo que reduzido, e ficar evidente que o governo fez tudo o que pode, nós temos grandes chances de eleger a Dilma. Se isso não ocorrer, é evidente que a oposição terá muito mais força. Portanto, o futuro do Lula vai depender muito disso. Hoje, por exemplo, se o governo acabasse hoje, seria quase inevitável que voltasse em 2014 ou 2015 porque efetivamente ele conseguiu um enraizamento do apoio popular que é algo que dispensa comentários.

IHU On-Line – Depois de tanto tempo trabalhando com o presidente, como o senhor definiria a concepção de mundo de Lula?

Gilberto Carvalho – O problema dessa pergunta é que é difícil eu falar me colocando no lugar dele, há sempre um risco...

IHU On-Line – Mas a sua interpretação?

Gilberto Carvalho – Como eu sempre tenho dito, a cabeça do Lula é uma cabeça formada no movimento sindical, e a gente tem que levar em conta a origem desse “rapaz”, de onde ele veio. Ele é um sobrevivente. Para nós que nascemos filhos de trabalhadores, com famílias mais ou menos organizadas, onde nunca faltou o pão e o leite e onde tudo transcorreu de maneira mais ou menos equilibrada, a concepção de mundo é uma. Mas esse “cara” é um “cara” que carregava por quilômetros na cabeça uma lata d’água. Quando se critica, por exemplo, o projeto da transposição do São Francisco, se afirma que o que está por detrás são as empreiteiras. Não! O que está por detrás é um “cara” que sabe o que é passar sede, que precisava carregar por quilômetros uma lata d’água e que é muito mobilizado por esse sentimento do que é a vida. Então, a vida para o Lula é uma coisa muito importante, existe uma necessidade da manutenção material.

No mundo sindical, ele expandiu essa concepção no sentido de que o objetivo central é a produção de riqueza com a distribuição justa dessa riqueza. Eu diria que esse é o eixo central que move o Lula. Outros elementos vão se colocando: a questão do meio-ambiente, a questão indígena, a questão da distribuição da terra. Eu resumiria a visão de mundo do Lula no seguinte: que todo cidadão tenha o direito de trabalhar e viver com dignidade. Eu posso estar falando o óbvio, mas no caso dele isso é muito forte. Por exemplo, o que nós fizemos em relação à África foi muito isso: cancelamos todas as dívidas dos países da África – os mais pobres evidentemente – e abrimos linhas de crédito, recursos. Ele motiva isso, ele é o motor dessa política, e não o Itamaraty. Nesse aspecto, hoje ele é um cidadão do mundo. Você quer ver o Lula feliz é falar da política internacional, das relações internacionais; ele está muito voltado para isso, pois expandiu o coração nessa perspectiva.

IHU On-Line – Os outros países o vêem como um estadista?

Gilberto Carvalho – Não há dúvida disso. Eu sou testemunha de muitos telefonemas e de algumas conversas que ele tem com a [Angela] Merkel, com o [Nicolas] Sarkozy, com o [George W.] Bush, agora vai ser com o [Barack] Obama, com o [Gordon] Brown da Inglaterra. É impressionante. Ele, de fato, é um interlocutor reconhecido e o chamam para que faça as mobilizações. No caso da Rodada de Doha, isso ficou evidente; no caso do G-20 idem. Claro que isso pode mudar, mas hoje isso está muito consolidado.

IHU On-Line – No debate dos grandes temas mundiais, a questão ambiental assume uma importância cada vez maior. Entretanto, a impressão que se tem é que Lula demonstra certa irritabilidade com a questão ambiental e ainda mais, manifesta uma postura de quem está ainda preso à sociedade industrial.

Gilberto Carvalho – Eu sou suspeito para falar porque sou autor de uma frase que pesou em uma entrevista que eu dei para a Veja, quando falei que o Lula, entre um cerradinho e a soja, é mais a soja. Claro que isso precisa ser relativizado. Para não repetir, eu já disse qual é o centro da cabeça do Lula, do que lhe mais mobiliza. Os outros elementos vão se incorporando. Por exemplo, enquanto a Marina [Silva, ex-ministra do Meio Ambiente] esteve no governo, o Lula sempre a defendeu frente a outras visões dentro do governo que eram muito piores. Ele sustentou a Marina. O que o Lula sempre espera relacionado à questão do meio ambiente é o seguinte: que não se diga que é proibido fazer uma coisa, mas sim como fazer. Ele não quer deter o progresso. Desse ponto de vista, e desse ponto de vista o Lula é filho de uma sociedade industrial real, é a expressão dessa sociedade industrial. Eu não tenho dúvidas disso e a sensibilidade dele para com o tema do meio ambiente, mas de fato eu não posso considerá-lo um ambientalista, isso é real. O tempo todo ele procura equilibrar isso. Veja o caso das usinas do Rio Madeira, do Pará (Monte Belo). O que mais irrita o Lula não é a questão ambiental, mas quando se diz “não pode”. O problema dele é com a enrolação.

IHU On-Line – Ao lado do “não pode”, ele quer alternativas?

Gilberto Carvalho – O problema é que hoje, no Brasil, para você governar, é preciso levar em conta, além das considerações dos ambientalistas, o Ministério Público, o Tribunal de Contas. O que deixa o Lula, muitas vezes, absolutamente irritado, não é a causa em si, mas a morosidade do processo. Um promotor levanta uma questão e, pronto, se paralisa tudo. São meses que se perde. Essa, sim, é a irritação do Lula. Sob essa perspectiva, nós precisamos reorganizar o processo de fiscalização, que considero um avanço. Ela é necessária e bem-vinda, quer venha dos ambientalistas, do Ministério Público ou do Tribunal de Contas. Ou seja, é essencial. Isso porque não queremos um progresso, um desenvolvimento sem sustentabilidade. Entretanto, o que precisamos fazer é agilizar esse processo. Nós estamos pagando o preço da inovação. Daqui a algum tempo, esse processo vai se dar rapidamente.

IHU On-Line – A partir de sua experiência na ante-sala do presidente, filtrando a sua agenda, quais são as forças políticas da sociedade civil que mais fazem lobby junto à presidência?

Gilberto Carvalho – Sem dúvida nenhuma, os empresários, as organizações empresariais, continuam tendo uma presença muito mais forte na agenda do presidente, do governo. Fizemos um esforço organizado, tensionado, de mudar isso e creio que em parte conseguimos. Parafraseando o presidente, “nunca antes na história desse país” houve tanto presença dos movimentos sociais no Palácio do Planalto, nunca um governo dialogou tanto. Agora, estamos ainda a quilômetros de distância de uma participação popular efetiva, de uma democracia que minimamente tenha de fato uma participação real das forças populares. Isso representa, reflete, a pirâmide da estrutura da sociedade socioeconômica e política da sociedade brasileira. De fato, nós não tocamos no capital, o país continua sendo hegemonizado pelos interesses do capital. Eu poderia aqui narrar centenas de momentos muito importantes da nossa vida no Palácio, onde os movimentos sociais não apenas estiveram presentes, como criticaram, enfrentaram e pressionaram corretamente o governo. Houve abertura para esse diálogo, porém é evidente que há uma consciência de que estamos longe daquilo que sempre desejamos.

IHU On-Line – Quais têm sido as grandes alegrias do presidente nesse segundo mandato?

Gilberto Carvalho – Eu acho que as grandes alegrias são aquelas vinculadas a conquistas sociais. Quando ele percebe os resultados da política social e econômica do governo na vida concreta das pessoas. O Lula é uma pessoa muito vinculada ao “terra-terra”, muito vinculado ao chão, à questão prática e humana. Quando ele recebe uma carta de um jovem dizendo “Lula eu te agradeço porque estou na Universidade graças a você”, essa é a maior alegria dele. Desconfio que o ProUni é de longe a coisa que mais pega nele, e aí tem uma coisa psicológica interessante porque é um “cara” que não foi para a universidade. Assim, ele se emociona profundamente – e eu também – com esse aspecto. Digamos que é uma prefiguração, ainda que pequena, isolada, de um processo que sempre sonhamos, que é oferecer oportunidades para todos os brasileiros. E, mais do que o ProUni, permita-me uma correção: a expansão universitária. Lula é absolutamente tomado por essa idéia de estender a universidade pública federal para todos e as escolas técnicas. As escolas técnicas são uma revolução que vai acontecer no final desse governo. Havia uma lei que proibia a expansão do ensino técnico, nós mudamos a lei e hoje não faltam recursos – essa é uma prioridade para o Lula. Há duas coisas que causam muita alegria ao presidente: o Bolsa-Família e esse processo de expansão do ensino universitário.

IHU On-Line – E as tristezas?

Gilberto Carvalho – Tristezas são muitas. Eu diria que a maior delas é exatamente a distância que ele observa entre uma determinação feita e o que acontece na prática. É o problema do entrave burocrático; da demora. Ele tem muita noção da urgência das coisas. Ele sempre fala para a gente: “Isso aqui é um jogo de futebol, tem 90 minutos, velho, você tem que realizar, depois não adianta”. Quando ele percebe o atraso das coisas, a morosidade que um funcionário se dá o direito de dar um parecer contrário para simplesmente “salvar a pele”, isso o deixa “emputecido”, para usar um termo bem preciso. Outra coisa que o entristece é quando se dá conta, o que é muito comum, que na relação com o parlamento, prevalecem interesses de privilégios que chantageiam, que exigem benefícios para dar um voto, um apoio: essa é outra coisa que o tira do sério.

IHU On-Line – O governo ficou feliz com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a Reserva Raposa Serra do Sol?

Gilberto Carvalho – Apenas não ficou mais feliz porque o processo ainda não terminou. O governo ficou muito feliz, trabalhou fortemente para que essa decisão fosse consolidada e há toda uma esperança que de fato esse processo não demore. Estamos muitos preocupados com essa paralisação porque custa muito caro para o Estado brasileiro a manutenção da Força Nacional em Roraima. E, mais importante do que isso, é o problema do conflito social que continua enquanto não se tem o desfecho definitivo. Se tivéssemos tido um ponto final nessa história, avançaríamos no processo. Está tudo pronto para se adquirir terras em Roraima a fim de se assentar essas pessoas que terão que sair da Reserva. Nos preparamos para dar seqüência a esse processo. Mas a decisão, até o momento foi muito comemorada, foi uma vibração no Palácio.

IHU On-Line – O senhor é candidato a presidente do PT nacional ou ao governo do Estado do Paraná em 2010?

Gilberto Carvalho – São duas funções que me deixariam muito honrado para não ser arrogante, mas seguirei nem uma nem outra. Não faz sentido falar em candidatura ao governo do Estado do Paraná porque temos lideranças no Paraná que precisam ser consideradas e valorizadas, e trabalhar para que se projetem ainda mais. Penso que o PT no Estado pode ter um desempenho muito bom em 2010. Creio que a derrota eleitoral desse ano no Estado pode nos ajudar a corrigir os rumos para retomar o que é o PT do Paraná, que é muito mais do que foi nessas eleições. Outra coisa: estou fora do Paraná desde 1989 e, portanto, já não conheço de perto os problemas do Estado. Embora me honrasse muito, não posso aceitar esse convite da candidatura ao governo do Estado.

Em relação ao PT nacional, eu nunca pensei em ser presidente do partido. Sempre pensei em trabalhar na formação política. Inclusive, agora estou “me candidatando” para o Conselho de oito ou nove pessoas que vão coordenar a Escola Nacional de Formação do PT, que, graças a Deus, irá começar a funcionar no ano que vem anexo à Fundação Perseu Abramo. O PT errou muito em não investir na formação. Eu fui procurado por vários companheiros, de várias correntes políticas, que disseram: “Você é o nome, você é o cara que pode unificar o partido”, e acabei me dispondo, mas ao mesmo tempo disse: “Precisamos conversar com o chefe”. O presidente tem uma visão de que eu não deveria ser candidato a presidente do partido. Ele acha que nesse momento nós precisamos encontrar uma figura com maior capacidade de intervenção e discussões junto aos outros partidos porque se trata de formar alianças para as eleições de 2010. É evidente que, ao falar isso, eu comuniquei aos companheiros: “Tudo bem, mas acabou essa história para mim”. No entanto, eu gostaria de dizer o seguinte: o mais importante agora é não antecipar esse debate, mas, sim, valorizar a atual direção, dar força para a atual direção do PT, porque com esse debate ela acaba se fragilizando. Parece que estamos no fim de festa, porém é essa atual direção que vai compor a aliança, uma vez que ela governa o partido até dezembro de 2009.

Eu, particularmente, quero continuar trabalhando e lamento muito essa crise porque, com o crescimento econômico consolidado, seria exatamente esse o momento de podermos corrigir erros e lacunas que temos em nossas políticas, sobretudo no diálogo social, na questão indígena, na questão agrária, com mais recursos. Havia um sonho, de um grupo importante dentro do Palácio, que expressava mais ou menos o seguinte: “Bom, pessoal, feito o dever de casa, ninguém vai poder criticar a gente pela condução do país, vamos acentuar ainda mais o lado social’, e a crise, não que ela nos proíba isso, nos trará mais dificuldades.

REABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA O CAMPEONATO DE BASQUETE DE RUA

ATENÇÃO GALERA, AS INCRIÇÕES PARA O TORNEIO DE BASQUETE DA CUFA PE, REABRIRAM. TODOS PODEM MANDAR AS INCRIÇOES PARA OS DEVIDOS EMAILS:

CUFA.PE@GMAIL.COM


DESCULPEM-NOS PELO ADIAMENTO, MAS É COMO DISSEMOS: ADIAMOS PARA MELHORAR O EVENTO.

QUANDO MANDAREM O EMAIL COM A FICHA DE INSCRIÇÃO, QUE SE ENCONTRA AQUI NO BLOG, O NOME DO EMAIL DEVE SER INSCRICAO CAMPEONATO DE BASQUETE CUFA PE

terça-feira, 18 de novembro de 2008

INSCRIÇÕES DE CAMPEONATO NATALINO DE BASQUETE DE RUA VÃO ATÉ 15 DE DEZEMBRO

ATENÇÃO, COMO O NÚMERO DE EQUIPES SÃO 16 MASCULINAS E 8 FEMININAS, QUANDO CHEGARMOS A ESSES NÚMEROS AS INCRIÇÕES SERÃO ENCERRADAS. POR ISSO FIQUEM LIGADOS NO NOSSO BLOG PARA SABEREM AS EQUIPES SELECIONADAS

SEGUE A FICHA DE INSCRIÇÃO
A FICHA DEVE SER ENVIADA EM DOCUMENTO DO WORD EM ANEXO EM EMAIL

(BRUNO_CUFAPE@HOTMAIL.COM)


Ficha de Inscrição – Equipe

Nome do Time: _________________________________________________________

Atleta 1: _______________________________________________________________
End.: __________________________________________________________________
Cidade: ______________________________________ Estado: ___________________
RG.: ___________________________ CPF:__________________________________
Número Padrão: __________ Idade: __________ Fone: _________________________

Atleta 2: _______________________________________________________________
End.: __________________________________________________________________
Cidade: ______________________________________ Estado: ___________________
RG.: ___________________________ CPF:__________________________________
Número Padrão: __________ Idade: __________ Fone: _________________________

Atleta 3: _______________________________________________________________
End.: __________________________________________________________________
Cidade: ______________________________________ Estado: ___________________
RG.: ___________________________ CPF:__________________________________
Número Padrão: __________ Idade: __________ Fone: _________________________

Atleta 4: _______________________________________________________________
End.: __________________________________________________________________
Cidade: ______________________________________ Estado: ___________________
RG.: ___________________________ CPF:__________________________________
Número Padrão: __________ Idade: __________ Fone: _________________________

Atleta 5: _______________________________________________________________
End.: __________________________________________________________________
Cidade: ______________________________________ Estado: ___________________
RG.: ___________________________ CPF:__________________________________
Número Padrão: __________ Idade: __________ Fone: _________________________

Atleta 6: _______________________________________________________________
End.: __________________________________________________________________
Cidade: ______________________________________ Estado: ___________________
RG.: ___________________________ CPF:__________________________________
Número Padrão: __________ Idade: __________ Fone: _________________________

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

CUFA PE COM A CARA DA NACIONAL.......

NOTÍCIAS DA CUFA DE PERNAMBUCO???

POIS É, ONDE PROCURAR ACHA!!!!!

A CUFA DE PERNAMBUCO ESTA DANDO ENORMES PASSOS FAZENDO COM QUE A PERIFERIA SAIA DA INVISIBILIDADE!!!!

ALGUNS PROJETOS JA CONCLUÍDOS E OUTROS EM ANDAMENTO...

ENTRE OS MESES DE NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2008, A CUFA ESTARÁ REALIZANDO VARIOS PROJETOS INCLUINDO OFICINAS DE GRAFFITTI, TORNEIO DE BASQUETE DE RUA, PALESTRAS, CAPACITAÇÃO, EDUCAÇÃO, ETC.

APROVEITE E VEJA ONDE PODE ENCONTRAR MAIS NOTICIAS.

http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=CUFA+PE&btnG=Pesquisa+Google&meta=

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

CONHEÇA OS COORDENADORES DE NÚCLEOS DA CUFA PE


COORDENADOR DO NÚCLEO ÁUDIO VISUAL
____________________________


COORDENADORA DO NÚCLEO MARIA MARIA
____________________________


COORDENADOR DO NÚCLEO ARTES

ALFREDO BORBA



COORDENADOR DO NÚCLEO COMUNICAÇÃO:


THIAGO GOUVEIA
















COORDENADOR DO NÚCLEO HIP HOP:
FÁBIO MC















COORDENADOR DE ESPORTES:
BRUNO TAVARES















CUFA PE PARABENIZA O NOVO PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS


Nesta quarta-feira, 4 de novembro foi eleito presidente de uma das maiores elites do cenário político internacional, o até então senador afro-americano Barack Obama, pelo partido dos democratas.
Filho do queniano Barack Obama, e da norte-americana Ann Dunham, Barack Hussein. Obama Jr, mudou-se ainda adolescente para Nova York onde cursou ciências políticas na Universidade Colúmbia. A seguir, graduou-se também em direito pela Universidade de Harvard. Iniciou sua carreira política na cidade de Chicago, Illinois, onde foi líder comunitário e professor de direito constitucional. Em 1996, foi eleito para o Senado de Illinois (órgão do poder Legislativo local), onde permaneceu até 2004. Quatro anos mais tarde, foi eleito para o Senado dos Estados Unidos, pelo Partido Democrata, assumindo seu mandato em 4 de janeiro de 2005.
Com promessas de mudanças sociais, esperamos que a gestão do presidente Obama traga prosperidade, paz e esperança para o povo americano assim como esperamos que seu Governo favoreça à nossa política. A CUFA-PE lhe dá as boas vindas.Que o conhecimento e o amor sejam lembrados como as principais características da gestão do presidente Obama, assim o desejamos.


Central Única das Favelas de Pernambuco
Hugo Dias, assessor de comunicação

sábado, 1 de novembro de 2008


JUVENTUDE PIONEIRA


Na frente do Palácio do Campo das Princesas, no Bairro do Recife, do dia 31 de outubro, às 17h, foi realizado, junto aos jovens de Pernambuco, o projeto Pernambuco Antenado, que tem a parceria do Governo do Estado com várias escolas municipais e estaduais. O estado junto à sua juventude é pioneiro nesse tipo de projeto. O evento não teve ligação direta com a CUFA PE, mas tudo que envolve a periferia e a juventude interessa a nós.

"É a primeira vez que estou em Recife, este evento serviu para buscar conhecimentos das atitudes dos Governantes, como Eduardo Campos, que apóiam o Pernambuco Antenado. Mostrando que o poder público está realmente preocupado em fazer políticas públicas para dar incentivos a nós jovens”, diz Elcione Silviena, 18 anos, que faz parte do projeto de comunicação do CREA da cidade de Glória do Goitá.

A proposta maior é atender aos moradores das periferias e principalmente do interior, para terem a consciência que eles têm vez, quando se trata de projetos culturais e educacionais. A assinatura desse projeto, para Pernambuco, é mais uma conquista da juventude pernambucana, que tem, agora, uma visão de que sua qualidade de vida está mudando para melhor. Agora eles têm um acesso à educação de qualidade, qualificação profissional e tem o poder de construir o seu próprio futuro ainda melhor.

A população das periferias e do interior não tem quase nenhum acesso às novas tecnologias. Precisa haver um nivelamento entre elas e a chamada sociedade informatizada. “Nós estamos avançando. Chegaremos a dezembro com todas as nossas escolas com internet banda larga, para difundir nas periferias e centros urbanos o nosso plano de inclusão digital, que através do nosso portal será feito esse diálogo entre a juventude e os governos, expressando suas inquietações, reivindicações e seus sonhos”, afirma o Governador do estado, Eduardo Campos.

“Pernambuco Antenado é exatamente o evento que sancionou a lei para dez anos que é o plano estadual de juventude e sancionou a lei do primeiro conselho deliberativo de juventude do Brasil”, explica o secretario estadual da juventude, Pedro Mendes.

Após o evento, ás 19h, aconteceu na Praça do Arsenal, na frente da Torre Malakoff, no bairro do Recife Antigo, um show com Dj Dolores, Isaar e a banda Eddie. A escolha dessas bandas não foi à toa, elas são contemporâneas que a juventude pernambucana tem uma boa relação com os movimentos que elas representam, como o movimento mangue beat, e principalmente, foram escolhidas pelos jovens.



Por Thiago Gouveia, coordenador de comunicação CUFA PE.


créditos das fotos: fotógrafa Renata Léa. Foto do evento, Foto Governador Eduardo Campos, Secretário da Juventude Pedro Mendes.


sexta-feira, 31 de outubro de 2008



Eâ galera de Pernambuco. Meu nome é Thiago Gouveia. Entrei para a CUFA-PE para coordenar o núcleo de comunicação; eu junto a minha equipe (que estou formando) pretendemos fazer bons trabalhos para a CUFA. E nossa meta é colocar a CUFA PE no G4, grupo das quatro melhores Cufas do país. Não vim para mandar e sim para ajudar. Sou coordenador mas apenas para ter alguem no controle, temos que sempre trabalhar em equipe. Quero de antemão agradecer a Ilma e a Iracema que me receberam de braços abertos, e que confiaram nas minhas palavras. Espero não decepcioná-las, mas o meu trabalho é sempre feito com calma, se alguma coisa dar errado eu sempre volto para concertá-la, e o mais importante: ter a humildade de reconhecer o erro.
Essas são minhas palavras iniciais, daqui para frente haveram mais

ATENÇÃO INVESTIDORES E EMPRESÁRIOS PERNAMBUCANOS SIGAM ESTE EXEMPLO!!!

QUE ISSO SIRVA DE EXEMPLO PARA TODOS OS EMPRESÁRIOS PERNAMBUCANOS E INVESTIDORES QUE AQUI ATUAM, NOS PROCUREM, FAÇAM PARCERIAS CONOSCO ESTAMOS AGUARDANDO SEUS CONTATOS.

CUFA PE
FONE 3222.6233 / 8717.1313
cufa.pe@gmail.com

Nome:: Alexandre Cardoso
E-mail: dactorengenharia@click21.com.br
Estado: RJ
Assunto: Outro assunto
Mensagem:

Sou um empresário do ramo de construção civil e gostaríamos de firmar uma parceria entre nossa empresa DACTOR ENGENHARIA E SERVIÇOS LTDA e a CUFA, para arrecadação de alimentos não perecíveis, roupas e brinquedos para ser distribuídos no Natal, em comunidades assistidas pela CUFA (principalmente na Cidade de Deus). A idéia é a seguinte, os pedidos de doações serão feitos á população (clientes e fornecedores) por intermédio de lojas (comércio, restaurantes, postos de combustíveis, etc.) temos uma grande relaçao de parceiros comerciais (nossos fornecedores e clientes) em toda cidade, com o auxílio de panfletos, faixas e divulgação boca a boca com seus clientes e fornecedores. Gostaria de discutir e aprimorar essa idéia junto à diretoria da CUFA pessoalmente, tentei ligar hoje mas não consegui, se por acaso essa idéia os interessar favor entrar em contato comigo, Alexandre Cardoso tel.: 8828-4945 / 2426-6309.

Obrigado,

Alexandre Cardoso
Diretor
DACTOR ENGENHARIA E SERVIÇOS LTDA.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Coordenadora da CUFA é vítima da violência das grandes cidades

A Central Única das Favelas, Cufa, vem por meio desta, informar a quem possa interessar, que a coordenadora do Núcleo Maria Maria, da Central Única das Favelas – Cufa, de Salvador (BA), Ítala Herta, foi vítima de agressão policial no último sábado (25) enquanto voltava de um evento rumo ao Bairro da Boca do Rio, localizado na periferia da cidade. A agressão foi ocasionada por uma atitude, no mínimo impensada, do taxista que conduzia Ítala e mais dois amigos.
Sem qualquer motivo aparente, o taxista Cezar Augusto da Silva Purificação chamou a polícia suspeitando ser assaltado. Os policiais, por sua vez agrediram a moça e seus colegas física e moralmente, mesmo após comprovarem que não ofereciam risco algum.
A Cufa lamenta o ocorrido, não apenas por ter uma de suas integrantes envolvidas no caso, mas pelo estado de insegurança instaurado, que leva cidadãos a viverem apavorados e agirem inconscientemente, que leva a polícia a agredir antes de averiguar os fatos, que leva centenas de moradores das favelas a serem constantemente violentados em sua integridade moral e física, mesmo sem motivo aparente.
Muito mais que lamentar, a Cufa trabalha incansavelmente a fim de transformar a realidade das favelas brasileiras. Para isso, conta com parceiros como a Polícia Comunitária no desenvolvimento de ações de prevenção ao crime e à marginalidade. Tudo isso para que todos os cidadãos de bem possam ter seus direitos respeitados e sua dignidade garantida.
Segue abaixo o depoimento de Ítala Herta sobre o acontecido na madrugada do dia 25:
Era 00h30min de sábado quando falei para Henrique e Saturnino, dois amigos que me acompanhavam em um evento que estava ocorrendo no Centro Histórico de Salvador (Pelourinho), que queria ir embora, pois estava cansada. Fomos. Destino? O Bairro da Boca do Rio. Como todos os três moram próximos, decidimos dividir um táxi "amenizaria os ricos de sermos confundidos ou assaltados" (pensávamos). Ainda na saída do Pelô encontrei minha tia (Nelma Suely), meu tio (Wilson Freitas) e o meu primo (Rafael Melo) e recusei o convite de ir para o ensaio do Ilê Ayê no bairro da Liberdade, reforçando a afirmação anterior de querer ir logo para casa. Cumprimentamos-nos, eles entraram no carro e eu e os meus dois amigos continuamos andando em direção à Praça da Sé onde solicitamos o serviço de táxi do Cezar Augusto da Silva Purificação. Ainda no meio do caminho, o carro do meu tio acompanhava o táxi, nos cumprimentamos de longe, tudo parecia muito tranqüilo dentro do carro, a conversávamos sobre o final da noite, o evento, o lugar por onde passávamos.
Chegando ao início da ladeira da Fonte Nova o taxista parou o carro alegando que uma das portas se encontrava aberta. Abri e fechei minha porta e pedi aos outros que conferissem as outras portas, todos disseram "não tem nenhuma porta aberta!", eu complementei: ”por favor, taxista leve o carro adiante pois tenho medo de assalto". Olhando pelo retrovisor ele ligou a lanterna do carro sinalizando algo, nenhum dos três entendia o motivo dele ter parado naquele local àquela hora. Nesse mesmo momento, ainda com o carro parado, Cezar Augusto começou a gritar e a se debater dentro do carro. De maneira muito rápida, travou as portas do carro com os três dentro e saiu do carro gritando e afirmando que era um assalto, que eu e mais os meus dois amigos éramos assaltantes! Nesse exato momento uma viatura da Policia Civil, pela qual nos tínhamos passado sem perceber antes da ladeira, atendeu aos sinais e acusações do taxista.
Com armas em punho, os policiais gritavam e mandavam todos deitarem no chão. Eu e os meus amigos, desesperados com os gritos e as acusações do taxista diante da policia, saímos pela única porta aberta do táxi. Nesse momento eu cair com a cara no chão. Os meninos já estavam rendidos. Eu me levantei, desesperada e com a roupa ensangüentada, pedindo para que os policiais não atirassem, afirmando que éramos inocentes, que a abordagem deles era ilegal, um dos policiais pegou no meu braço me jogou no chão e em voz alta e com arma apontada para minha cabeça falou:" cala boca sua puta!, ilegal o quê sua vagabunda?" Me viraram de costa. No chão e com a cara no asfalto, rendida, começaram a me revistar, levantaram minha blusa procurando a arma, abaixaram a roupa de Saturnino. Henrique, também rendido pelos os policiais clamava para nenhuma daquelas armas disparar contra nós.
Lembra do meu tio? Deus que o colocou no nosso caminho, atendendo ao pedido do meu primo que reconheceu que o táxi parado era o meu, eles pararam o carro a alguns metros de distância e subiram a ladeira correndo gritando pelo o meu nome pedindo para não atirar, pois eram pessoas inocentes que se encontravam no chão. Minha tia, já pensava o pior ao me ver no chão ensangüentada.

Ainda no chão, os três, humilhados e rendidos, olhavam para o taxista, que a essa altura tinha se tocado na atrocidade que havia cometido. Mesmo assim, fomos interrogados no local e encaminhados (e não acompanhados) à delegacia, o que se significa que a vitima não era Ítala, Saturnino e Henrique, mas sim o taxista!
Levei cinco pontos no queixo e ainda estou com hematomas no meu corpo. Na delegacia, fizeram meus amigos mostrar se realmente tinham dinheiro para pagar o serviço de taxi. Tentaram nos coagir, um deles afirmando conhecer o Henrique de algum lugar. Enquanto eu reivindicava nossos direitos, outro policial me mandavaeu sair da frente e me sentar bem longe de suas vistas. Justificavam que o Cezar Augusto era um trabalhador assustado, vitima de assalto por três vezes.

Este é apenas um retrato da violência que atinge milhares de cidadãos brasileiros. Um relato que se repete todos os dias em cada periferia. Um quadro que a Cufa, ao lado de seus parceiros, luta para mudar e acredita que um dia será diferente.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

DEPOIMENTO DE ITALA COORD. NÚCLEO MARIA MARIA - SALVADOR - sobre a agressão sofrida‏

GALERA, SEGUE A BAIXO O DEPOIMENTO DA ÍTALA QUE SOFREU AGRESSÃO EM SALVADOR. FIQUEM ATENTOS!!!!

NÃO PODEMOS DEIXAR PASSAR EM PUNE!!!!

Era 00h30min de sábado quando falei para Henrique e Saturnino, dois amigos que me acompanhavam em um evento que estava ocorrendo no Centro Histórico de Salvador (Pelourinho) que queria ir embora, pois estava cansada... Fomos! Destino? O Bairro da Boca do Rio todos os três moram próximo e dividir um táxi "amenizaria os ricos de sermos confundidos ou assaltados" (pensávamos)... Ainda na saída do Pelô encontrei minha tia (Nelma Suely) e o meu tio ( Wilson Freitas) e o meu primo (Rafael Melo) e recusei o convite de ir para o ensaio do Ilê Ayê no bairro da Liberdade, reforçando a afirmação anterior de querer ir logo para casa... nos cumprimentamos eles entraram no carro e eu e os meus dois amigos continuamos andando em direção a Praça da Sé onde solicitamos o serviço de táxi do CEZAR AUGUSTO DA SILVA PURIFICAÇÃO... Ainda no meio do caminho o carro do meu tio acompanhava o táxi, nos cumprimentamos de longe... tudo parecia muito tranquilo dentro do carro, a conversa apenas se tratava do final da noite, do evento, do lugar por onde passávamos...

Chegando ao início da ladeira da Fonte Nova o taxista CEZAR AUGUSTO parou o carro e alegou que uma das portas se encontrava aberta, abrir e fechei minha porta e pedi aos outros que conferissem as outras portas, todos disseram "não tem nenhuma porta aberta!" eu complementei: ”por favor, taxista leve o carro adiante pois tenho medo de assalto" olhando pelo seu retrovisor ele ligou a lanterna do seu carro sinalizando algo que nenhum dos três entendia o motivo dele ter parado naquele local aquela hora...nesse mesmo momento ainda com o carro parado Cezar Augusto começou a gritar e a se debater dentro do carro, de maneira muito rápida travou as portas do carro com os três dentro e saiu do carro gritando e afirmando que era um assalto, que eu e mais os meus dois amigos éramos assaltantes! Neste exato momento uma viatura da policia civil a qual nos tínhamos passados sem perceber antes da ladeira atendeu aos sinais e acusações do taxista
Com armas em punho nos gritando e mandando todos deitarem no chão... eu e os meus amigos desesperados com os gritos e as acusações do taxista diante da policia saímos pela única porta aberta do táxi...nesse momento eu cair com a cara no chão...os meninos já estavam rendidos, eu levantei com a roupa toda ensanguentada e desesperada pedindo para que os policiais não atirassem, que nos éramos inocentes, que a abordagem deles era ilegal, um dos policiais pegou no meu braço me jogou no chão e em voz alta e com arma apontada para minha cabeça falou:" cala boca sua puta!, ilegal o quê sua vagabunda?" me viraram de costa no chão e com a cara no asfalto rendida começaram a me revistar, levantaram minha blusa procurando a arma, abaixaram a roupa de Saturnino, Henrique também rendido pelos os policiais clamava para nenhuma daquelas armas disparar contra nós.

Lembra do meu tio?Deus que o colocou no nosso caminho, atendendo ao pedido do meu primo que reconheceu que o táxi parado era o meu eles pararam o carro a alguns metros de distância e subiram a ladeira correndo gritando pelo o meu nome (detalhe, meu tio um homem negro subindo uma ladeira correndo após sair de um carro que acompanhava o táxi parado a alguns metros de distância seria ele mais uma vitima confundida)... Pedindo para não atirar, pois era uma pessoas inocentes que se encontravam no chão, minha tia já pensando o pior ao me ver no chão ensanguentada.

Ainda no chão os três humilhados e rendidos olhando para o desgraçado do taxista com a cara de tinha se tocado na atrocidade que ele tinha cometido, porém não acabou por ai, nós fomos interrogados no local, e fomos encaminhados e não acompanhados a delegacia o que se significa que a vitima não era Ítala , Saturnino e Henrique mas sim o canalha do taxista!

Levei cinco pontos no queixo e ainda estou com hematomas no meu corpo, na delegacia sabe o q disseram? Também vocês querem o q? Andando assim... Se vestindo assim... Fizeram meus amigos mostrar se realmente eles tinham dinheiro para pagar o serviço, nos coagiram afirmando um deles conhecer o Henrique de algum lugar, um dos policiais me gritava ao ouvir minhas reenvidicações mandando eu sair da frente dele ordenando que eu fosse sentar bem longe de suas vistas... e JUSTIFICAVAM que o CEZAR AUGUSTO era um trabalhador assustado, vitima de assalto por três vezes...

Quando afirmei que sabia os motivos de tal desconfiança, que o que ele tinha feito era racismo, calúnia, simulação... o policial me repreendeu perguntando se eu sabia o número da lei? Se ele tinha chamado eu e os meus amigos de "negros" de maneira pejorativo.

O fato é que a nossa cor é uma ameaça AOS HOMENS DA LEI , ao setor privado AO ESTADO, E O QUE ME DÓI É QUE CONSEGUIRAM COLOCAR PRETO CONTRA PRETO, para eles uma mulher negra deve pensar duas vezes antes de auto afirmar a sua ancestralidade nos seus cabelos na sua roupa no seu vocabulário, que dois homens negros não devem andar de calças largas, não devem ter tatuagem e muito menos andar de boné tarde da noite, ah! Quem mora na Boca do Rio também não deve ter dinheiro para pagar um táxi... Não é verdade? Ou seja, nos enquadramos nos padrões de sujeitos que ameaçam a segurança da sociedade.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

CUFA DE PERNAMBUCO NO ENCONTRO DO PROJETO DE CONSTRUÇÃO PRONASCI CUFA

De 20 à 24 de outubro de 2008 aconteceu um encontro histórico e revolucionario como a frase de nosso Presidente da República"....

... "nunca houve na história desse país" tamanha demonstração de democracia.... onde Ministérios Federais, representantes de veículos de comunicação do porte da TV GLOBO, representantes dos Empresários brasileiros, da Unesco etc... se juntam para discutir um projeto e formar parcerias.













pois é amigos estiveram no encontro coordenadores das cufas dos 27 estados brasileiros,O coordenador geral da Cufa, Celso Athaide apresentou o Ministro da Justiça Tarso Genro como “parceiro” da Central Única das Favelas e “fundamental” para a construção do projeto “Os Invisíveis”, que, como o próprio nome indica, visa resgatar uma parcela da sociedade historicamente deixada de lado do processo da cidadania. Segundo Athayde, o momento da Oficina Pronasci/Cufa é a oportunidade de jogar luz nas ações da instituição realizadas nas comunidades. ainda o secretário Executivo do Ministério do Esporte, Wadson Ribeiro, participou na quarta-feira (22), onde apresentou os programas esportivos-sociais da pasta e debateu o esporte de partipação. , o coordenador de Políticas para a Juventude, Reinaldo Gomes, o rapper MV Bill, Alberto Kopittke Assessor Parlamentar do Ministério da justiça, Lélia Almeida coordenadora do projeto Mulheres da Paz, o ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, .

“O objetivo desse encontro é a construção de oficinas para criar ações de trabalho da Cufa, buscando parcerias como por exemplo, a construção de Centros Esportivos - com quadras poliesportivas, salas multiuso, arenas, vestiários, banheiros, entre outros” anunciou Celso Ataide. Segundo ele, esse espaçoes serão uma referência da comunidade e funciorarão como centros de convivência promovendo, inclusive, o basquete de rua e o hip-hop, sediando eventos culturais, escolares e esportivos. O Pronasci é uma iniciativa inédita de combate a criminalidade no país. Tem como público alvo jovens de 15 a 25 anos egressos no sistema prisional, reservistas, em descontrole familiar e em conflito com a lei, presos ou adolescente infrator. As ações são desenvolvidas em regiões metropolitanas brasileiras mais violentas.

MV Bill, por sua vez, elogiou a proposta do governo federal junto ao Pronasci, voltada para a segurança pública e aos jovens. Segundo ele, o diálogo é uma forma muito importante de atrair a juventude que é vitimada e reprodutora dessa violência. “Por meio do esporte, da educação também estaremos usando esses jovens como exemplos de resgate, como protagonistas dessas mudanças, pois agora as politicas chegam com eficiência porque são propostas às lideranças que atuam em comunidades polulares”, afirma.
Representando o ministro do Esporte, Orlando Silva, o secretário executivo fez uma retrospectiva da historia do esporte no pais, e mostrou os avanços do setor. Ele lembrou que o acesso que antes era assegurado prioritariamente à uma minoria de jovens estudantes em colégios particulares, detentoras de excelentes infra-estruturas esportivas - desde 2003 com a constituição de um ministério exclusivo do Esporte, passou a ser um direito do cidadão e a ser universalizado. “Isso implica dizer sociedade sadia embuida nos valores do esporte é sinônimo de cabeça sadia. Os grandes campeões olímpicos sairam das periferias da cidade. Um bom exemplo aconteceu com o futebol”, citou.
Ele destacou ainda que o Ministério do Esporte por meio de quatro programas também está sendo beneficiado pelo Pronasci. O convênio interministreial envolveu um repasse, para 2008, no valor de R$ 32.470.788,44.
Os recursos foram destinados aos programas: Praças da Juventude, que já está construindo praças novas em vários estados do país; ao Esporte e Lazer da Cidade, que garante ações de esporte e de lazer aos jovens inseridos em suas em comunidades carentes; ao Pintando a Liberdade, que por meio da produção de material esportivo promove a ressocialização de detentos do sistema prisional do país; e ao Pintando a Cidadania, que através da produção também de material esportivo gera emprego e renda às famílias carentes.

O Preto Zezé da CUFA CEARÁ apresentou a proposta e objetivos do projeto “Os Invisíveis”, situado a partir de uma leitura histórica do desenvolvimento do Brasil enquanto nação e sua configuração atual de sociedade, que se constitui num modelo de exclusão implantado desde o descobrimento, cujo processo foi marcado pelo extermínio das populações indígenas e do tráfico de negros, reproduzido até hoje como sistema de exclusão destas populações na sociedade civil.
“O fato de sermos ex-invisíveis nos credencia a fazer a mediação de acesso do Pronasci com as comunidades aonde o programa vai atuar”, afirma Zezé.
O projeto trata ainda sobre um novo olhar para o comportamento juvenil, como sinalização de promover sua auto-afirmação. “Quando um jovem entra no crime, ele quer ter condições de se auto-afirmar através de uma lógica mais simbólica”, acrescenta Zezé.
O coordenador cearense concluiu sua fala dizendo que “o nosso desafio é construir através deste projeto a aproximação deste jovem invisível”. Zezé explicou que uma das propostas do projeto é construir um prêmio para reconhecer as habilidades dos jovens e, a partir disso, construir uma “visibilidade positiva”, dando, ao mesmo tempo, um enfoque não estigmatizado à sua comunidade.
Alzira classificou o projeto como “um marco”, pois “sintetiza uma técnica social que a Cufa já construiu e desenvolveu ao longo dos seus 10 anos de atividade”. “Agora”, acrescentou, “esta técnica está a serviço do Estado”.
Através deste projeto, a Cufa “traz à cena sujeitos políticos coletivos que sempre estiveram ausentes da cena política brasileira, contribuindo para a mediação de acesso dos jovens aos territórios livres de cidadania”.Outro conceito importante que norteia o projeto é o da “re-significação do espaço da favela”, atualmente conhecido como espaço do medo, mas que pode vir a ser conhecido pela sua cultura.
Tarso: “Cufa é importante para o Brasil”

Ministro ao lado dos membros da Cufa RN (esq.) e RS (dir.)
O ministro da Justiça, Tarso Genro, falou do significado da Cufa, de sua importância política para o Brasil e da importância deste evento para a estratégia de segurança nacional no Pronasci.
Para contribuir com a nossa reflexão o ministro fez uma breve explanação histórica partindo da constituição de 1988, momento em que vivemos um marco no processo político e que começamos a desenvolver uma revolução democrática do ponto de vista pacífico, que abre a perspectiva de evolução política de novos protagonistas. “Essa não é uma conquista meramente formal e sim uma radicalização da democracia”.
Hoje, as fronteiras econômicas, políticas e culturais estão diluídas pela globalização e não há nenhuma grande questão dos movimentos socias atualmente que não seja também uma questão local, nacional e mundial ao mesmo tempo, afirma Tarso Genro.
Ele acredita que se não há igualdade social, mas sim “uma igualdade de proferir o discurso”, e relembra que, anteriormente, 99% da composição das mesas de debates eram formadas pela elite, que negociava com o grupo dominante os seus interesses.
Na atualidade, por uma necessidade básica, surgiu um novo tipo de relacionamento com as classes populares, “colocando todos no mesmo barco”. Esse novo relacionamento é percebido, prossegue Tarso, com os novos movimentos sociais, “que ainda não foram compreendidos pelos partidos políticos, recebendo atenção apenas em momento eleitoral. Por serem fragmentários, não podem ser instrumentalizados, nem aparelhados”.
Na opinião do ministro, a Cufa agrega, nas periferias, esta diversidade cultural dos novos movimentos sociais, porque “agora não é mais o imaginário dos sindicatos das grandes fábricas modernas, mas é outro imaginário, do movimento Hip Hop, uma sociedade fragmentada que se reúne para discutir as suas necessidades como articuladora com a instância política”.
O ministro relembrou antigas lutas que, segundo ele, mostram a mudança na agenda dos debates políticos. Uma delas foi a política de cotas nas universidades, ferozmente combatida pelos setores reacionários do país, mas que uma vez implantada mostra a sua eficiência como instrumento de inclusão do negro no universo acadêmico, reparando assim uma injustiça histórica.
Tarso Genro finalizou falando que o Pronasci é uma ruptura do paradigma da segurança pública do país, acrescentando que a Cufa é uma importante parceira para o sucesso desta estratégia.
“A Cufa é importante para o Pronasci e para o Brasil”, declara o ministro.

Coordenadora da Unesco se emociona com a Cufa23 de outubro de 2008

Marlova Noleto (coordenadora de Ciências Humanas e Sociais da Unesco no Brasil) e Celso Athayde.
Por Rísia Lima/Cufa TOA coordenadora geral da Área Programática e de Ciências Humanas e Sociais da Unesco no Brasil, Marlova Noleto, esteve no encontro da Central Única das Favelas, Cufa, na tarde desta quinta-feira (23) falando sobre a relação entre a Cufa e a Unesco, que já vai completar 10 anos.
Marlova comentou sobre os espaços que a Cufa vem conquistando ao longo dos anos. Mostrou-se orgulhosa por ver “algo que começou tão pequeno, como uma idéia, ganhar uma dimensão tão grande, capaz de influenciar na construção de políticas públicas. Até pouco tempo essa conversa era com os intelectuais, com os políticos, a periferia era considerada apenas como uma beneficiária dos programas”.
O sucesso da organização Cufa já rompeu as fronteiras. “A Unesco está fazendo um projeto com uma universidade inglesa para estudar a Cufa e o Afro Reggae, movimentos que vêm das comunidades, liderados por pessoas da comunidade que conseguem sair do morro e chegar ao asfalto com muita coisa para ensinar”, anuncia Marlova.
Ela disse ainda que estes movimentos “impõem um espaço que vai além da interlocução, um espaço de respeito. Isso não é tarefa fácil e nem é pouca coisa, os governos tendem a se isolar e serem auto-referentes, acham que sabem fazer. A Cufa está ampliando esses espaços de interlocução”, afirmou Marlova.
De um modo geral as ONGs surgem com muita força, fazem um caminho de ascensão, atingem o apogeu e a tendência é entrar em declínio, a Cufa fez um processo inverso, atingiu o apogeu com o lançamento de “Meninos do Tráfico” e soube manter e consolidar esse estado. Se estabeleceu no patamar de influência e penetração nos espaços públicos, nos 27 Estados, consolidando a interlocução com prefeitos, governadores, presidente da república, organismos internacionais e meios de comunicação.
Segundo Marlova, mais que respeito, a Cufa conquistou o carinho dos parceiros, construiu uma relação de amizade, companheirismo e igualdade. ” Não me importo se as autoridades gostam de mim, porque elas são passageiras, mas a Cufa gostar de mim, isso é muito importante . meu coração se orgulha e se emociona.
“A Cufa não é um fenômeno. Espero que nossa relação, que vai comemorar 10 anos, dure no mínimo meio século, construída baseada em valores que temos em comum de acreditar em um Brasil mais justo e melhor para todos. Para as pessoas que constroem o Brasil, que moram nas periferias, que constroem essas riquezas e estão ralando muito, a Cufa constrói oportunidades, espaços de inclusão, para mim vocês são parceiros que vieram pra ficar na minha vida”, afirmou Marlova, emocionada.
“Vocês estão ficando muito grandes para o Brasil o caminho de vocês é o mundo!”, concluiu.

Ministro da Igualdade Racial prestigia o Encontro da Cufa

Reinaldo Gomes (Coordenador de Políticas de Juventude), ministro Edson Santos, MV Bill, Celso Athayde e Danillo Bitencourt (presidente nacional da Cufa)
Por Alisson Almeida – Cufa/RN
O terceiro dia do Encontro Cufa/Pronasci foi marcado por uma programação extensa, com diversas palestras, debates e trocas de experiências. Apesar do cansaço físico, os cufianos de todo o país participaram ativamente do evento, interagindo com os convidados para tirar deles o máximo de informações, conhecimento e direcionamento possíveis.
As atividades começaram com a palestra do ministro Edson Santos da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seprir). O ministro iniciou sua participação falando sobre o atual momento de protagonismo da juventude e dos movimentos sociais vivido no país. Ele citou a Cufa como exemplo desse fenômeno.
“A juventude da periferia é o grande desafio para o governo e a sociedade civil, no sentido de oferecer perspectivas para esses jovens. Hoje, em nosso país, a Cufa é a instituição de maior legitimidade na interlocução com o jovem da periferia”, declarou o ministro.
Edson Santos disse que, desde a década de 1980, o Estado se distanciou das comunidades periféricas, resultando na ocupação desses espaços, principalmente, pelo narcotráfico, atraindo os jovens para aquilo que classificou de “modo de vida efêmero”.
Aproveitando o tema, o ministro destacou a importância do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania - Pronasci, ressaltando que o programa visa estabelecer um novo modelo de segurança pública e, ainda, atrair a sociedade para o envolvimento nessa causa. “Isso seria impossível sem uma interlocução com a sociedade e os seus movimentos”.
Ele emendou afirmando que a juventude negra é um importante alvo desse programa de segurança cidadã. Segundo ele, o objetivo é dar um recorte racial às ações do Pronasci, para que o jovem negro saiba que ele é objeto das ações do Estado brasileiro.
“O Pronasci precisa dar ao jovem negro a percepção de que ele tem uma alternativa de vida, de formação e de trabalho”.
Mais uma vez, o ministro citou a importância da Cufa como ator da interlocução necessária com os jovens da periferia, que formam o público alvo do Pronasci.
Edson Santos encerrou sua fala chamando atenção para a relevância de se discutir a elevação da auto-imagem do jovem da periferia, principalmente o jovem negro. “É importante que o jovem negro seja visível a partir da sua potencialidade”, finalizou, sendo aplaudido de pé por todos os cufianos.

André Skaf fala sobre diálogo entre Cufa e empresariado
Celso Athayde, André Skaf e MV Bill
A formação de novas lideranças empresariais que dialoguem com os movimentos sociais. Esse foi o principal tema da participação do jovem empresário André Skaf no Encontro Cufa/Pronasci.
Skaf é criador do movimento “Novos Líderes”, que reúne um grupo de jovens empresários brasileiros, cuja missão maior é “ajudar a construir novas lideranças país a fora”.
“O Brasil tem várias preocupações, mas a maior delas é a questão da nova geração, que serão os próximos líderes desse país. Nosso papel é tentar ajudar a construir essas novas lideranças pelo país”, observou.
O empresário fez questão de dizer é um “parceiro de longa data da Cufa”. Segundo ele, a Cufa é a constatação de que é possível “criar pontes entre os empresários e a favela”.
“Não existe mais a possibilidade de uma sociedade andar de forma desconexa. Isso não traz benefício para ninguém”, declarou.
Para ele, a nova geração de líderes brasileiros mudou e, em conseqüência, mudaram também os parâmetros e as preocupações. Entre essas novas preocupações, ele colocou a questão da responsabilidade social.
“Temos potencial para trabalharmos juntos com a Cufa em vez de ficarmos separados”.
Para construir a parceria entre a Cufa e empresários, André indicou o caminho: “A melhor forma de sensibilizar os empresários é dialogar com a nova geração. Eles são uma ponte muito importante, porque têm certa representatividade e irão substituir a atual geração de empresários em 10 anos”.
André lançou a proposta de realizar encontros estaduais dos empresários do movimento de “Novos Líderes” com cada base da Cufa. “Nós (empresários) não somos os novos líderes isoladamente. É preciso juntar todo mundo, fazer a conexão com a liderança social, liderança estudantil. Não podemos enxergar mundos separados”, finalizou.
Política Pública de Esporte em debate
Wadson Ribeiro, secretário-executivo do Ministério dos Esportes, ao lado de Celso Athayde
Na última atividade da manhã, o secretário-executivo do Ministério dos Esportes, Wadson Ribeiro, abordou a necessidade de construção de uma política pública de esporte com a participação dos movimentos sociais.
“Temos que construir políticas públicas com os movimentos sociais, sem que esses movimentos sejam porta-vozes do governo, mas que tenham liberdade, inclusive, para discordar dessas políticas quando elas não estiverem dando mais certo”.
Para o secretário, “ter acesso à prática esportiva é quase um luxo para a maioria da juventude brasileira”.
Wadson relacionou projetos do Ministério dos Esportes em parceria com o Pronasci. O “Pintando a Cidadania” são cooperativas onde o Ministério dos Esportes monta uma verdadeira fábrica de material esportivo.
O programa “Praças da Juventude” visa atacar a defasagem de infra-estrutura esportiva. Essas praças são construídas numa área de 8 mil m², totalmente equipadas. Além de construir, ele frisou que é preciso ter uma política de utilização dessas praças. “A Cufa pode intermediar essa discussão sobre o conselho gestor e administração dessas praças”.
O terceiro programa é o “Esporte e Lazer da Cidade”, que abrange várias manifestações esportivas. Ele citou a idéia de criar escolinhas de basquete de rua.
MV Bill marca presença no Encontro da Cufa
MV Bill, presidente de honra da Cufa
O rapper MV Bill, presidente de honra da Cufa, também marcou presença em Brasília nesta quarta-feira, 22. Ele fez questão de deixar sua mensagem e falou da felicidade por esse “Encontro” e lembrou-se de outros encontros da Cufa, na Cidade de Deus (RJ).
“Esse é um momento importante e histórico. Eu acredito na força do diálogo. Ele constrói pontes importantes para o futuro”, disse em tom emocionado.
“Algumas transformações começam a acontecer. Esse encontro demonstra isso. As frentes que estão aqui, que estão dialogando, antes só se encontravam na hora de brigar. Hoje, temos aqui a Cufa, a imprensa, o governo e o empresariado conversando sobre parceria”, continuou.
Bill finalizou sua saudação aos cufianos com um alerta. “Temos muito trabalho pela frente. Apesar dos passos dados, ainda há muita coisa para modificar”.
Parceria CUFA / Rede Globo
Luiz Erlanger (diretor-geral de Comunicação da TV Globo), Zezé (coordenador da CUFA Ceará) e MV Bill
Outro convidado do evento, o diretor-geral de Comunicação da Rede Globo, Luiz Erlanger, iniciou a programação da tarde falando sobre a importância da parceria entre a Cufa e a Globo.
Erlanger definiu a Cufa como “o movimento social de rede mais importante do Brasil”. Em seguida, ele explicou o porquê da Rede Globo escolher a Cufa para estabelecer uma parceria.
“Quando fazemos parcerias sociais, fazemos porque, primeiro, somos uma concessão pública. Em segundo lugar, porque apostamos no Brasil”.
Ele lembrou que o marco do relacionamento Cufa/Globo foi a vinculação do documentário “Falcão – Meninos do Tráfico”.
Maria Helena Carvalho, gerente de Desenvolvimento de Afiliadas da TV Globo, falou sobre a construção do projeto de parceria entre a Cufae as afiliadas da emissora nos Estados para realização da LIBBRA.
O diretor de Marketing da emissora, Eduardo Furtado, destacou a importância de fazer o pós venda para os patrocinadores dos eventos, neste caso específico da LIBBRA.

Secretário do Pronasci fala sobre desafios do programa
Ronaldo Teixeira, secretário-executivo do Pronasci, fez a última apresentação do dia. Ele fez uma retomada sobre os princípios do programa, salientando que a filosofia é fazer a junção entre ações sociais e ações de segurança.
Sobre a parceria entre a Cufa e o Pronasci, Ronaldo disse que “o desafio é fazer com que os invisíveis ganhem visibilidade”.

Estados apresentam ações desenvolvidas e planos para 2009

Por Katia Drummond e Rísia Lima
A manha desta terça-feira, 21, foi marcada pela apresentação de projetos dos Estados. Dinorá Rodrigues abriu com a apresentação sobre a base do Rio Grande do Sul, que só este ano atendeu mais de 25 mil jovens. Tom mostrou como em Belo Horizonte a Cufa vem fazendo a diferença, investindo na visibilidade de comunidades até então esquecidas. Ana Ostapenko apresentou as propostas da Cufa no Mato Grosso do Sul, que pretende encarar de frente os problemas enfrentados por etnias indígenas marginalizadas, vítimas de problemas como drogas e alto índice de suicídio - o número chega a 180 por ano, entre os jovens de 12 a 30 anos. De Natal, Rio Grande do Norte, Alisson Almeida falou sobre as prioridades da Cufa local e seu planejamento para 2009, apresentando projetos como a Rede Joven de Comunicação, que pretende transformar a imagem dos jovens de comunidades estigmatizadas pela violência e pelo crime.
Danillo Bitencourt, da Bahia, emocionou a todos com o projeto de alfabetização “Sábado eu também estudo”. O nome do projeto homenageia uma garota de cinco anos, que disse querer uma vida diferente da do pai alcoólatra e da mãe que apanha. Para isso, a menina disse que se fosse preciso estudaria áté mesmo no sábado, segundo relato de Danillo. Preto Dicko mostrou o sucesso do Maranhão, que com 2 anos de existência transformou uma casa de prostituição em escola para crianças de baixa renda. Audaciosos, os maranhenses pretendem agora comprar o local, para que fique definitivamente sob a direção local.
Ernando Ferreira, do Ceará, falou sobre as diversas ações nas áreas de gênero, basquete, hip hop e sobre os planos para o Condomínio Cultura, a ser montado na praia de Iracema.
Eleita Nova Direção Nacional
Por Alisson Almeida/ Cufa RN
Após um rápido intervalo, o evento seguiu com as intervenções do público sobre as apresentações realizadas pelos sete Estados no início da manhã. Foi o momento da troca de experiências, de tirar dúvidas e de inspiração para novas realizações.
Celso Athayde ressaltou que os trabalhos realizados pelas bases da Cufa em todo o país demonstravam “a essência do Hip Hop”, que nada mais é que a capacidade de transformar a vida das pessoas. “Hip Hop que não transforma a vida das pessoas não é Hip Hop”, declarou.
Em outro instante, abriu-se o debate sobre a eleição da nova presidência da Cufa. Celso esclareceu que a função da presidência não é “comandar burocraticamente” a instituição, porque a Cufa é uma construção coletiva. O objetivo é ter um porta-voz que represente e estimule a participação de todos no debate sobre o crescimento da Cufa.
Realizada a eleição, o nome do Danillo Bitencourt da Cufa Bahia foi escolhido como novo presidente da Cufa. Para a vice-presidência, o nome escolhido foi da Kalyne Lima da Cufa Paraíba. Muitos discursos destacaram a importância da eleição do Danilo, assumidamente homossexual, como símbolo da quebra de um paradigma que associa o Hip Hop, base da Cufa, ao homofobismo e ao sexismo. “É uma sinalização política que estamos dando à sociedade, mostrando que estamos vivendo um novo momento dos movimentos sociais e, no caso específico, da Cufa”, frisou Alzira Silva da Cufa Amapá.
O presidente eleito disse que assumir a presidência da Cufa “é um desafio”, mas emendou destacando que os votos em seu nome não deveriam ser motivados pelo fato de ser gay ou branco, mas que, em primeiro lugar, “por ser um cidadão brasileiro, que acredita na causa da Cufa”.
Imediatamente, Danillo passou a integrar a mesa do evento. Para comemorar a eleição, todos os participantes caíram na pista e improvisaram uns passos de rap com Kalyne mandando ver no vocal.

Cufa e Ministério da Justiça discutem segurança pública em Brasília outubro de 2008

São vinte e sete estados construindo reunidos discutindo políticas para a favela

Por Fernanda Quevedo/CUFA MT
Bases da Cufa estão reunidas em Brasília para participar da Oficina de Construção do projeto Pronasci, do Ministério da Justiça. Ontem pela manhã a coordenadora do Projeto Mães da Paz, Lélia Almeida, o assessor para interlocução com movimentos sociais, Celso Alberici, o coordenador de políticas publicas para juventude, Reinaldo Chaves e o assessor do ministro da justiça, Alberto Kopittike constituíram a mesa, que tratou da construção de políticas públicas para a segurança. A discussão foi mediada pelo Coordenador Geral da Cufa, Celso Athayde.
O Núcleo de Mulheres da Cufa, que antecedeu a explanação de Lélia Almeida, pontuou a importância de uma articulação com o Pronasci para que mulheres vítimas de violência sejam capacitadas como lideranças, atuando assim na efetivação do programa. Haja vista que é uma das parcelas da sociedade que mais sente os reflexos da falta de segurança.
Alberici ressaltou que a participação da sociedade civil organizada no Pronasci é fundamental desde construção até a execução do projeto.
Já Reinaldo Chaves acrescentou que é imprescindível o debate para a melhoria da segurança pública. Disse ainda que esta precisa ser mais abrangente e transversal. Chaves também brincou dizendo que só agora entende porque a Cufa “dá certo”, pois é direcionada em sua maioria por mulheres.
Kopittke apresentou as premissas do Pronasci. Falou sobre a reestruturação dos conselhos nacionais, estaduais e municipais de segurança publica, reforçando a importância da participação da sociedade civil organizada junto aos trabalhadores (policiais, e profissionais de segurança), para a verdadeira mudança das estruturas sociais.
A oficina de construção refletiu um momento histórico, em que a favela conquista voz ativa na construção de políticas especificas para as questões que lhe são cotidiana. Ainda muito para ser feito, e precisa ser feito por milhões, bem como disse Alberto Kopittke. A programação continua até a quinta-feira dessa semana.

CUFA BRASIL


http://www.mj.gov.br/pronasci/data/Pages/MJA4C659C5ITEMID3DB5B417286B4735879A4BB191B40302PTBRNN.htm

22/10/2008 - 18:16hPronasci e Cufa juntos no combate à criminalidade
Brasília, 22/10/08 (MJ) – O ministro da Justiça, Tarso Genro, participa nesta quinta-feira (23) do encerramento do Seminário Pronasci - Cufa, às 9h em Brasília. O encontro, que teve início segunda-feira (20), reúne representantes da Central Única das Favelas (Cufa) de 27 cidades do Brasil. O objetivo é a construção de um novo projeto destinado aos jovens para o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). Também participarão da cerimônia o presidente de honra da Cufa e rapper, MV Bill, e o coordenador-geral da entidade, Celso Athayde, ambos produtores do documentário “Falcão: meninos do tráfico”. O filme foi divulgado pela TV Globo e retratou a história de adolescentes de favelas do Rio de Janeiro envolvidos no tráfico de drogas. O Pronasci vai aproveitar a experiência da Cufa, adquirida ao longo dos seus 20 anos de existência, para adaptar ações preventivas já existentes à nova visão proposta pelo programa, atingindo, principalmente, o seu público-alvo: os jovens. O projeto criado pelo Pronasci-Cufa será executado a partir do ano que vem nos estados e municípios integrantes do Programa. A primeira parceria entre o Pronasci e a entidade ocorreu no primeiro semestre deste ano com o 4º Campeonato Nacional da Liga Brasileira de Basquete de Rua (LIBBRA). A final do torneio, que ocorreu em junho, no Rio de Janeiro, também teve a presença do ministro Tarso Genro. A Cufa é um movimento social criado a partir da união entre jovens de várias favelas do Rio de Janeiro – principalmente negros – que buscavam espaço para expressar suas atitudes, questionamentos ou simplesmente a vontade de viver. A entidade utiliza o hip hop como principal forma de expressão e ferramenta de integração e inclusão social e tem como um dos fundadores o rapper MV Bill.








O Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci) foi criado há pouco mais de um ano com um grande desafio: diminuir os altos índices de violência das grandes regiões metropolitanas brasileiras. O Programa inova ao articular políticas de segurança pública com ações sociais para enfrentar a criminalidade. Atualmente, o Pronasci está em fase de implementação em 18 estados e 84 municípios. Até 2012 será estendido a todo o território nacional. Entre os principais eixos do Pronasci destacam-se a formação e valorização dos profissionais de segurança pública, a reestruturação do sistema penitenciário, o combate à corrupção policial e o envolvimento da comunidade na prevenção da violência. Até o fim de 2012 o governo federal investirá R$ 6,707 bilhões no desenvolvimento de 94 ações que envolvem União, estados e municípios.







http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/10/23/materia.2008-10-23.5241901202/view
Seminário discute parceria para evitar que jovens sejam atraídos pelo crime Lisiane Wandscheer Repórter da Agência Brasil


Elza Fiúza/ABr

Brasília - O ministro da Justiça, Tarso Genro, participa do encerramento do seminário Pronasci - Cufa, que reúne representantes da Central Única das Favelas de 27 cidades .Em primeiro plano o representante da Cufa /CE, Francisco Lima Brasília - Propostas para evitar que o jovem das regiões metropolitanas, principalmente moradores de favelas, seja atraído pela criminalidade foram debatidas durante toda essa semana por cerca de 50 integrantes da Central Única de Favelas (Cufa).Eles participaram de um seminário proposto pelo Ministério da Justiça e que faz parte do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). Hoje (23), durante o encerramento, o ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou que a parceria com a Cufa poderá contribuir para agregar a diversidade presente na periferia. O objetivo é que a organização apresente projetos culturais, esportivos voltados aos jovens.“O estado dispõe de mecanismos de aproximação, de integração social, que podem iniciar um processo de resgate desses jovens que estão no caminho do crime ou para serem controlados pelo crime organizado nestas regiões”, diz Tarso.A Central Única de Favelas é uma organização criada a partir da união de jovens de várias favelas, inicialmente, do Rio de Janeiro, formados, em sua maioria, por negros. Atualmente, atua em 80 municípios dos 27 estados brasileiros, abrangendo cerca de 480 mil jovens. A proposta da Cufa é atender, além dos jovens moradores de faveles, os que estão em conflito com a lei e os egressos do sistema penal. As ações integrarão o Projeto Invisibilidade.O coordenador nacional da Cufa no Ceará, Preto Zezé, afirma que é importante dar oportunidades para os jovens, principalmente os de baixa renda. "Assim, ele acessa as riquezas que estão do lado de lá, a tecnologia, o conhecimento, o contato as pessoas, as políticas públicas e retorna para sua comunidade, de forma que ele mude a si próprio e o entorno onde ele está inserido”.Para o coordenador nacional da Cufa no Rio Grande do Sul, Manoel Soares, esses jovens passam por um processo diário de "invisibilidade social" e têm dificuldades no acesso a políticas públicas. Entretanto, essa situação, segundo ele, pode ser descontruída.“Quando eu era criança arquitetei o roubo de uma bola de basquete. Eu já tinha observado que o dono da loja saía e estava planejando, entrar na loja e roubar uma bola para eu ter em minha casa. Quando eu cheguei em casa, a minha mãe me entregou uma bola de basquete, mais simples. Eu vi a alegria dela. Ela disse: 'olha, taí ó. Eu tô vendo que você tá gostando desse negócio de basquete'.”Soares afirma que da mesma forma que a sua mãe conseguiu quebrar um "ciclo de delito", outras ações também podem ter o mesmo resultado. Ele cita a proposta de pagamento de bolsas aos jovens - incluída no Pronasci - como uma alternativa para contribuir para uma mudança cultural e inibir o ingresso do jovem ao mundo do crime.“Mesmo que não seja uma intervenção como a do tráfico, que hoje dá ao jovem R$ 2 mil a R$ 3 mil por semana, uma intervenção financeira, às vezes menor, acaba tendo um emblema de que a honestidade vale a pena e o trabalho funciona, inibindo o processo de ingresso desse jovem no mundo do crime”, garante Soares.















O ministro Edson Santos cercado pelas lideranças da CUFA: "Somos o grilo falante do Governo, lembrando a todas as áreas da importância do recorte racial nas políticas públicasFoto: Isaac Amorim
participou na manhã da última quarta-feira (22/10), em Brasília, de um debate sobre o
Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) com lideranças da Central Única de Favelas (CUFA) dos 27 estados brasileiros.Desenvolvido pelo Ministério da Justiça, o Pronasci marca uma iniciativa inédita no enfrentamento à criminalidade no país. O projeto articula políticas de segurança com ações sociais; prioriza a prevenção e busca atingir as causas que levam à violência, sem abrir mão das estratégias de ordenamento social e segurança pública.“A cidade informal, em todo o mundo, cresce numa velocidade muito maior do que a cidade formal. As pessoas vivem em aglomerados sem os serviços essenciais, o que aumenta a distância entre os moradores destes locais e o Poder Público. Esse espaço acabou sendo ocupado pelo narcotráfico, que atrai os jovens da periferia, a maioria deles negros, para um modo de vida muito violento e efêmero. Daí a importância da atuação do Pronasci junto à juventude. O que seria impossível sem a existência de interlocutores como a CUFA”, afirmou o ministro, que completou: “A SEPPIR é parceira do Pronasci com o objetivo de dar recorte racial às ações do Programa. A Secretaria é o grilo falante do Governo, lembrando a todas as áreas da importância do recorte racial nas políticas públicas. Somos o grilo falante do Governo, lembrando a todas as áreas da importância do recorte racial nas políticas públicas”.A apresentação inicial do ministro foi seguida de um longo debate com as lideranças do movimento, criado em 1999 a partir da união entre jovens de várias favelas do Rio de Janeiro – principalmente negros – que buscavam espaços para expressarem seus questionamentos. A CUFA cresceu e se capilarizou para todos os estados brasileiros. E continua tendo no Hip Hop sua principal forma de expressão. Na conversa com o ministro, além do Pronasci, foram discutidos temas com a legalização do aborto, a implantação da lei 10.639 (que cria o ensino obrigatório de História da África em todas as escolas brasileiras), e o sistema de cotas raciais para ingresso nas universidades públicas.